sexta-feira, 3 de maio de 2013

COLESTEROL coitado, não é responsável por NADA!


(este texto foi retirado do site "Uma Outra Visão" do Prof. Dr. José Carlos Brasil Peixoto)


Talvez o maior de todos os culpados das doenças do coração tenha um único nome: colesterol.
Um brilhante artigo do médico e estudioso Ron Rosedale se soma a um importante grupo de cientistas que dizem o oposto do que a grande maioria acredita. O título é para não deixar qualquer dúvida: “O colesterol NÃO é a causa da doença cardíaca.” Uma das melhores revisões sobre o tema é o livro “The Cholesterol Myths” de Uffe Ravnskov. Nesse livro são apresentados dados, um tanto chocantes, sobre como um verdadeiro mestre do ilusionismo médico criou nos anos 50 um dogma científico sobre o coração: tudo é culpa do colesterol e das gorduras saturadas.
Ravnskov debulha todas as pesquisas, analisa-as do ponto de vista da própria estrutura matemática e estatística e chega a resultados que mostram como nosso conhecimento pode ser facilmente moldado conforme os interesses em jogo. Sua análise da pesquisa com populações é muito consistente, e praticamente nos faz supor a ocorrência de uma fraude na exposição dos resultados das mais famosas, como por exemplo a da cidade de Framingham.  

UM GRÁFICO ESTRANHO, UMA ESTATÍSTICA ÚTIL 
Com o correr da exposição dos dados isso nem chega a impressionar o leitor, uma vez que na origem de seu primeiro artigo, datado de 1953, o amável Dr. Keys propunha que a doença do coração teria uma relação como consumo de comida gordurosa. Como ele fez essa assertiva? Simples: colocou num gráfico o consumo total de gordura de seis paises e fez uma relação com as taxas de mortalidade por doença coronariana. O gráfico faz um desenho de imensa proporcionalidade e exatidão (incomum em pesquisas de temas biológicos): quanto mais comida gordurosa mais doença do coração. Esse gráfico seria publicado no prestigiado jornal médico “Lancet” um ano mais tarde




Nesse gráfico, quanto mais se come gordura mais se tem mortes por doença coronariana, a linha horizontal é o total de consumo de calorias provenientes de gorduras, e a linha vertical é o percentual de mortes por doença do coração (fonte: The Cholesterol Myths, março 2003).

Keys usou a estratégia de mostrar dados eloqüentes! No entanto ele teria a possibilidade de colocar nesse gráfico pelo menos 22 países que lhe ofereciam tais informações - consumo de alimento rico em gordura e taxas de mortalidade coronariana. Porque ele não fez isso já que poderia deixar o seu gráfico mais convincente? Porque se ele fizesse isso suas convicções cairiam por terra, (colocando os 22 paises que dispunham de tais informações em um único gráfico, a relação entre consumo de gordura animal e doença cardíaca perde completamente o sentido, visto que há paises que consumem mais gordura e tem menos doença do coração e paises que consumiam menos gordura e tinham mais doença do coração).
Nesse gráfico é mostrado todos os 22 países que dispunha dos dados em questão na época que o Dr. Keys publicou seus estudos. Repare que o país n° 17, Noruega, come tanta gordura quanto os EUA e tem uma mortalidade semelhante a um pais com ótimas taxas de mortalidade como a Itália e a sua dieta mediterrânea! Já o Chile (5) come quase a metade de gordura do que os EUA e tem altas taxas de mortalidade cardíaca (fonte: "The Cholesterol Myths").
Os dados estatísticos que nos ajudam a provar o que queremos provar devem ser extenuadamente mostrados, aqueles que nos contradizem, omitidos.
Ravnskov fez o novo gráfico e mostrou que o primeiro movimento no sentido de incriminar a gordura saturada foi uma demonstração do quanto deturpar a realidade pode ser útil. E esse comportamento será a marca de todos os estudos que viriam a seguir. Os motivos seriam os mais variados. Mas quem lucrou com isso todos sabem: fabricantes de produtos industrializados com pouca gordura, fabricantes de alimentos substitutos como a gordura vegetal, a margarina e os óleos vegetais, os fabricantes de medicamentos que diminuem o colesterol, os fabricantes de sementes que geram óleos, os produtores de agrotóxicos, mega empresas de agro-negócios que destroem florestas para plantar sementes etc. 

CULPA-SE QUEM NÃO PODE SE DEFENDER 
Se alguém de outro planeta ficasse observando o planeta Terra de longe e verificasse os incêndios. Com certeza esse observador iria verificar que quase sempre junto de um evento desse tipo haveria além do fogo, a presença de elementos, que geralmente trajam vermelho, os bombeiros. Como em quase todos os incêndios haveria bombeiros facilmente ele poderia imaginar algo do tipo: “já sei a causa dos incêndios: é pela presença dos bombeiros!” Da mesma forma, a incriminação do colesterol na doença do coração pode ter o mesmo paralelo. Seguindo o rudimentar mas eficiente raciocínio de que se deve culpar quem não pode se defender, acusar o colesterol pode ser uma ótima estratégia de sub-dimensionar a importância do mundo ocidental moderno nessa patologia. O mundo de consumo não pode ter nada a ver com problema. O sofrimento, o stress, o sedentarismo e a ruptura com as tradições alimentares seculares não podem ser incriminadas.   

ESQUECER O PASSADO PODE SER ÚTIL 
Aliás esse item é a nova ordem: desconstituir as tradições alimentares e deixar os povos das cidades a mercê de produtos alimentares sofisticados. Assim o povo do campo perde completamente sua força e o elemento fundamental da quebra de tradições se completa. Um povo sem raízes, e que demoniza suas tradições alimentares é vítima fácil de qualquer sofisma alimentar e compra crenças novas e salvadoras de modo muito fácil. O movimento vegetariano da segunda metade do século XX foi o melhor aliado da corrupção cognitiva que viria a seguir. A industria de alta tecnologia iria usar requintados e pacíficos aliados! Não é a toa que a salvação do homem está sempre do outro lado do oceano! Os orientais são salvos pela economia do ocidente. Os ocidentais são salvos pelos gurus excêntricos de um oriente de tradição incrivelmente ditatorial e misógina. Mas isso é esquecido. A simples faísca da salvação é o mote suficiente para a importação de hábitos que aperfeiçoam um miserável vivente urbano. É muito fácil cumprir os objetivos da sociedade de consumo: reduzir a zero as tradições de uma cultura usando os “intelectuais” como seus principais aliados!
No Brasil é mais “in” fazer rei ki, tai chi, yoga do que praticar capoeira, candomblé ou kuarup. Poucos estudam tradições religiosas dos povos indígenas do Brasil, mas divulgam com prestígio qualquer prática mística além-mar.
Assim apenas povos periféricos, mas inexpressivos, ainda mantém algum genuíno laço com seus antepassados seculares. E talvez alguns puristas “new age” nem gostariam mais que eles existissem, pois vivem em uma harmonia natural com o seu ecossistema, e essa naturalidade pode às vezes ser politicamente incorreta, como os alimentos que podem estar comendo, pois mesmo que ofereçam saúde, não deveriam ser tolerados. 

RACIOCÍNIOS SIMPLISTAS 
No conhecimento do colesterol fica comprovado o quanto é fácil criar uma premissa falsa para se estabelecer uma série de políticas de conduta de saúde que sempre importam na ampliação de formas de consumo. Além do que, a palavra “gordura” se transformou numa espécie de “Maria Madalena” do século XX, e mesmo que a verdadeira compreensão da importância da gordura possa ser mostrada por um aprendizado desprovido de preconceito, não parece ser possível ser modificado a curto prazo.  A preocupação com a obesidade é uma preocupação com a gordura. É uma forma tão pueril de pensar quanto seria afirmar que o fígado é o culpado de uma cirrose. A obesidade e a diabete e outros problemas de saúde podem se manifestar pelo acúmulo anormal de tecido gorduroso. Mas isso é apenas a conseqüência de um conjunto de mazelas que a maioria das pessoas não quer enfrentar. 

UM PAPEL POUCO DIVULGADO 
Rosedale traz uma série de informações em seu artigo e a maioria delas não é segredo, apenas não são devidamente divulgadas, e acaba afirmando que o colesterol é o herói e não o vilão. Ele é parte fundamental da constituição das membranas celulares e dos tecidos em geral. É a parte inicial da formação do mais importante grupo de hormônios: os esteróides. As gorduras são partes fundamentais da formação do tecido nervoso. Nenhum órgão pode desperdiçar colesterol. Nem os intestinos, nem os rins têm permissão para excretá-lo. Há um esforço ativo para preservar a maior parte do colesterol dentro do próprio organismo. Mesmo assim as “forças oficiais da paz e da saúde” dizem em alto e bom tom: - “Temos que baixar os níveis de colesterol!” Em realidade eles estão dizendo: “Temos que diminuir as forças naturais que agem dentro de você!” “Temos que torná-lo uma máquina!” “Temos que torná-lo usuários de drogas que corrompem o funcionamento do seu fígado!” “Mas são drogas do bem! Feitas por gente do bem e por corporações multinacionais que pensam mais na sua saúde do que nos lucros de seus acionistas!”
“Use drogas e diminua a ação do seu organismo contra os produtos da sociedade de consumo, que, afinal, lhe trazem tantas vantagens apesar de lhe trazer doença...Temos os celulares, os shoppings, a gordura vegetal hidrogenada, um leite que não é leite, um chocolate com menos cacau, doces sem açúcar, alimentos que não alimentam, vejam como a nossa sociedade é verdadeiramente a honestidade da natureza na sua melhor expressão!”
A maioria deve entender que é melhor comprar produtos de plástico do que viver como um impertinente indígena, sumbaru queniano ou esquimó, não é verdade?..
Graças a esse “modus operandis” das pessoas das cidades é que ficou fácil e até mesmo interessante crucificar o colesterol. 

MEDICAMENTOS E FATORES DE RISCO 
Assim, o Dr. Rosedale entende que não haverá maior dificuldade para que as empresas que produzem estatinas (remédios que baixam o colesterol como a sinvastatina) ultrapassem à cifra de 26 bilhões de dólares em vendas, fundamentadas na necessidade de baixar as taxas do colesterol em adultos, idosos, crianças e se possível em cães, gatos e passarinhos, o tão baixo quanto possível, algo que só pode ser conseguido como essas drogas. Nem exercícios, nem dietas, nem mudança do estilo de vida, nada poderia dar ao ser humano as taxas preconizadas! Só os medicamentos!
Os estudos sobre doença cardíaca deixaram muito populares as idéias de fatores de risco. Observa-se tudo que está alterado no sentido de um determinado item de observação científica. Descobriu-se que as taxas de colesterol podem estar elevadas em pessoas com doença cardíaca, como também pode ser demonstrado que há mais mortes do coração entre aqueles que têm aparelho de televisão. Estranhamente, culpamos um aliado corporal mas jamais alguém teria a ousadia de advertir: cuidado, nas casas que tem aparelho de TV acontecem mais ataques do coração. Fatores de risco podem precisar ser avaliados também sob mais de uma ótica. (O Dr. Ravnskov diz que há mais de uma centena de fatores de risco ligados a doença do coração, lembrando que geralmente um fator de risco pouco tem a ver com a causa da doença, você pode fumar, ser obeso, não fazer atividade física e não ter necessariamente doença do coração, porque nenhum daqueles fatores pertence ao mecanismo intrínseco GERADOR da patologia.)
Ravnskov defende a idéia de que deve haver algo que leve o colesterol para as regiões afetadas na região interna das artérias. Uma mesma força inicia a lesão e chama o colesterol para lá. Infelizmente um mecanismo que pode não pode ser detido pela ação reparadora de nosso mais importante constituinte corporal.
 Por outro lado Rosedale afirma que essa idéia fixa de que o colesterol seria a causa principal da doença do coração, que desafiou os últimos 15 anos das ciências médicas oficiais, impediu que se tomem atitudes mais responsáveis sobre as reais causas de inflamação das membranas internas das artérias, cujo dano seria causado por açúcares como a glicose e a frutose (por glicação, um processo bioquímico, não dependente de enzimas, que gera produtos finais - chamados de AGEs - que estão ligados à uma série doenças crônicas) resultando na placa que reduz ou obstrui as coronárias mais tarde. A oxidação de pequenas lipoproteínas, associado a um aumento de radicais livres, também deve estar diretamente envolvida nessa patologia. 

UMA BIOLOGIA ESQUECIDA 
E o colesterol, o que ele tem a ver com tudo isso? Bem, preservar a biologia e a natureza do corpo humano não tem sido a filosofia que fundamenta as ciências e o poder constituído desde o início dos tempos da civilização. O melhor controle que se pode ter sobre as pessoas é prová-las que somente sua cumplicidade com um sistema de poder pode lhe salvar. E como as pessoas comuns pouco ou nada sabem a respeito de como funciona seu corpo e a natureza como um todo harmônico, fica cada vez mais fácil, agora com uma tecnologia obviamente alienante, manter o homem comum refém do capitalismo médico-científico. Afinal, depois de se criarem fortes conceitos no senso comum, vai demorar muito, muito tempo para que o olhar de um indivíduo seja perspicaz através do conjunto de meias verdades que essa confusão criou. As pessoas acreditam piamente que a TPM é causada pela menstruação, ou que a menopausa é um problema, que diabete é provocada pelo aumento de glicose no sangue, ou que o flúor é fundamental para a saúde da boca, entre centenas de equívocos sobre a saúde.
No entanto, todas essas crenças são de extrema utilidade para uma verdadeira indústria de superconsumo de produtos, que seriam totalmente desnecessários se o homem não tivesse se esquecido, antes de mais nada, de respeitar a natureza que existe em seu organismo. A separação do homem do meio ambiente foi vital para o estado de sombras que estamos vivendo.
            Devolver às pessoas as noções simples de gerar saúde é favorecer a libertação do homem. É devolver a cada um de nós o direito sagrado de ser feliz pelo simples fato de ser um membro genuíno da existência universal. Uma unidade perfeitamente capaz de viver em harmonia com seus semelhantes e com toda a natureza.

Molécula do colesterol

Alguns dos seus principais do seus derivados:
CORTISOL                         PROGESTERONA                            TESTOSTERONA


O Livro "The Cholesterol Myths - Exposing the fallacy that saturated fat and cholesterol cause heart disease" de Uffe Ravnskov, MD, PhD, New Trndes Publishing, Inc (O mito do colesterol - a falácia de que a gordura saturada e o colesterol causem doença do coração). foi traduzido pelo dr. José Carlos B Peixoto, que espera em breve poder lançá-lo no Brasil.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

FERIDAS E CIRCULAÇÃO


Feridas que não cicatrizam ?

Dificuldades na Circulação do sangue ?


O Ozônio é um potente vasodilatador e melhora a curva de dissociação da hemoglobina com o oxigênio, ou seja, faz com que a hemoglobina fique mais tempo com o oxigênio, circulando por um maior número de vasos, melhorando a oxigenação dos tecidos e órgãos. O Ozônio também ativa o metabolismo da hemácia, fazendo com que ela circule melhor pelas artérias de pequeno calibre, facilitando, com isso a circulação do sangue e a melhora na cicatrização das feridas.

A ozonioterapia tem várias evidências científicas no tratamento de úlceras crônicas, em especial em pacientes diabéticos, e no tratamento do pé diabético. Vários trabalhos publicados demonstram a verdadeira efetividade da Ozonioterapia. Além de alguns estudos clínicos comprovando esses resultados, a melhora é tão rápida e evidente, numa doença de prognóstico ruim, que já poderia estar num patamar mais validado e acessível para uso dos pacientes. Assim seu uso tem mostrado resultados também em outros problemas das artérias, como insuficiência vascular periférica e acidentes vasculares encefálicos do tipo isquêmico, a chamada claudicação intermitente que é a famosa dor na barriga da perna durante uma caminhada e até mesmo na prevenção de novos infartos.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

UMA OUTRA VERDADE SOBRE O LEITE DE SOJA

O texto abaixo é do Prof. Dr. José Carlos Brasil Peixoto


Em janeiro de 2004 o departamento de saúde do Reino Unido, através do periódico, CMO’s Update (comunicado a todos os médicos) recomendava aos pediatras, mais uma vez, que não se indicasse fórmulas infantis à base de soja para alimentação infantil.






No Brasil, costumamos chamar as fórmulas infantis de leite em pó. Quando se examina com atenção a composição das latas dos leites em pó para crianças podemos perceber que na verdade não se trata de leite em pó. São ordinariamente fórmulas alimentares. Como soa melhor dizer leite em pó, as pessoas em geral não prestam atenção ao conteúdo dessas apresentações alimentares. Mas quando oferecemos óleo de canola, presente nas fórmulas infantis mais comuns, para um recém nascido, estaremos seguindo a trilha natural da alimentação humana(*)?






Bem, oferecer substâncias inusitadas aos nossos filhos é uma atitude típica da única espécie que parece que tem vergonha de ser um mamífero. Na verdade parece que o homem tem mesmo é vergonha ser do reino animal. Pior: talvez tenha vergonha de ser um membro da teia alimentar. Essa fantasia de se sentir separado da natureza tornou o ser humano mais destruidor organismo vivo do planeta, mas com a benção de ser semelhante a Deus!






Voltando ao enunciado. Porque será que essa recomendação foi feita? O texto adverte: “As formula baseadas em soja tem altos conteúdos de fitoestrogênios, o que pode colocar em risco a saúde reprodutiva das crianças”. Mais adiante o mesmo artigo diz que o Comitê Científico de Recomendação Nutricional estabelece que não existe um único benefício que justifique o uso desse tipo de alimento industrial para bebês. E mais: “… não existe uma única condição clínica que requeira especificamente o uso de fórmulas a base de soja”. Essas são recomendações do ministério da saúde inglês. Devemos acreditar que isso não seja implicância com os países que tem na soja importante forma de comércio. Vamos examinar melhor esse extravagante produto que muitos gostam de chamar de leite de soja, na verdade um extrato vegetal. Esse extrato é comparado ao leite com a única finalidade de confundir o público consumidor e com propósitos muito distantes de oferecer um alimento natural, especificamente aos recém nascidos, e às pessoas em geral.






UM POUCO DE HISTÓRIA






De um modo geral as pessoas são facilmente seduzidas por uma idéia aparentemente interessante: os chineses consumiam muito leite de soja e o ofereciam aos seus filhos. Como a história não é o forte do aprendizado escolar, as pessoas aceitam idéias que parecem fazer algum nexo sem contestação.






Mas se imaginarmos como se produz o leite de soja não é muito difícil refletir que não haveria tecnologia industrial que habilitasse os antigos orientais a produzir esse derivado de soja. De fato, a primeira fórmula infantil a base de soja conhecida, foi empregada na América do Norte, provavelmente em 1909. Foi elaborada por um pediatra, dr. John Ruhrah, preocupado em oferecer opções as crianças com problemas digestivos. Em 1916 o Jornal da Associação Médica Americana publicava um artigo que estudava o uso de uma formulação com soja para crianças com diarréia, com uma taxa de sucesso de 59,4%. No oriente o primeiro uso desse tipo de formulação data de 1928, mas teve sua composição modificada já em 1931, em função de carências nutritivas. (Essa nova fórmula continha sal, açúcar, lactato de cálcio, óleo de fígado de bacalhau e água de repolho). Um representante do Departamento de Saúde Pública de Pequim, em 1936, reconheceu que não havia qualquer indicação tradicional de que o “leite” de soja fosse utilizado por mulheres chinesas para alimentação de crianças até então. Na verdade a primeira fórmula desse tipo de uso comercial, na própria China, foi divulgada por um Harry Miller, um médico adventista do sétimo dia. A origem oriental do leite de soja para uso infantil não passa de um esfarrapado mito!






PROBLEMAS NA COMPOSIÇÃO






O leite de soja seja na formulação de pó em lata ou líquida em caixas, jamais é pura soja. Isso seria absolutamente maléfico. Esses produtos são fortemente modificados em sua composição final para atender predicados mínimos de saúde nutricional. E esses predicados foram se modificando ao longo do século XX, conforme foi se descobrindo suas insuficiências e potencialidades tóxicas.






Como poderemos perceber esse tipo de alimento só tem a palavra saudável ou natural em seus rótulos para obter simpatia de marketing! Essas expressões são obviamente fraudulentas.






O leite de soja é enriquecido com: metionina – fundamental para o crescimento, carnitina – para adequada função da mitocôndria, taurina – aminoácido oxidante importante para o metabolismo de ácidos biliares. Os minerais são absolutamente carentes na soja assim o enriquecimento com zinco, cálcio, fósforo, ferro e cloretos é fundamental. É caricatural se ouvir sobre a importância do uso de leite de soja para mulheres na menopausa que não tomam leite. O cálcio, que se diz presente naquelas sedutoras embalagens de derivados de soja, foi colocado lá artificialmente! E se não estivessem lá o metabolismo do cálcio seria seriamente comprometido. A soja pode ser um terrível problema para o desenvolvimento ósseo normal.






Outro grave problema é o excesso de manganês. Esse excesso nem é uma conseqüência da industrialização. Ë um problema inato do grão de soja. Tal mineral pode ser encontrado em concentrações 30 vezes maiores que a do leite humano. O excesso de manganês pode estar associado á déficit de atenção, dificuldade de aprendizado, distúrbios de comportamento e agressividade. Como esse é um aspecto inato da soja, talvez a única solução para acabar com esse problema seria não produzir mais esse tipo de manufatura alimentar.






PRESENÇAS INCÔMODAS






Parte dos problemas que levam a falta dos minerais tem a ver com os constituintes incômodos da soja. Os fitatos – ou ácido fítico – reduzem de forma marcante a absorção de vários importantes minerais alimentares, Esses fitatos não são completamente neutralizados pelo processamento doméstico e nem mesmo, industrial. Os inibidores da tripsina são outros desagradáveis constituintes desse vegetal. Eles perturbam a digestão das proteínas e podem levar a distúrbios pancreáticos. Há ainda os agentes anti-tireoideos, ou groitogênicos, que podem estar associados a doenças auto imune que afetam essa glândula. Os danos à tireóide foram descobertos já em 1939, e isso obrigou os fabricantes a adicionar iodo aos derivados de soja. Infelizmente, isso pode não ser o suficiente para proteger plenamente os consumidores.






O processo industrial pode gerar lisinoalanina – agente tóxico, e nitrosaminas, reconhecidos carcinogênicos. Além disso, pode ser produzido MSG, ou ácido glutâmico, com ação neurotóxica. Adicionalmente os produtos a base de soja podem ter taxas elevadas de alumínio, um dos tóxicos minerais mais comuns presentes no organismo.






O ASPECTO IMUNOLÓGICO






Entre os nutrientes da soja os fatores alergênicos tem alta relevância. Afinal o leite de soja é oferecido ao consumo como um produto hipoalergênico. Entretanto desde 1930 os produtos a base de soja são reconhecidamente indutores de alergia. Naquela época já era percebido que as crianças verdadeiramente alérgicas ao leite de vaca seriam também alérgicas ao leite de soja. Recentemente o Colégio Australiano de Pediatria advertia que esse tipo de produto não deveria ser utilizado como profilaxia para quadros alérgicos frente aos seus potenciais riscos para a saúde geral da criança, além do mais a proteína de soja é alergênica por si mesma.






Pesquisas científicas descobriram que as fórmulas de soja reduzem as imunoglobulinas e proporcionam mais infecções do que em crianças alimentadas com produtos naturais (leite de peito ou de vaca).






Outras pesquisas mostram uma deficiência na resposta imunológica às vacinas em nenês alimentados com soja. Seus autores advertem que proteínas vegetais nunca deveriam ser administradas às crianças nos primeiros meses de vida.






OUTROS NUTRIENTES






A lactose é responsável pela doçura do leite materno. No organismo ela é transformada em galactose e será importante constituinte da mielina das células do sistema nervoso central. Os fabricantes de fórmulas infantis a base de soja utilizam sacarose ou xarope de milho, bem mais baratos, na confecção de seus produtos. Colocam em seus rótulos a virtude de não terem lactose, que como todos nós temos ouvido em tempos de modernismos, parece ser um problema na constituição bioquímica do leite. A fraude é óbvia. Após milhares de anos consumindo leite na primeira fase da vida, o século XXI tenta provar que a lactose é um problema para o homem mamífero. Subverter a natureza é um fator fundamental para o avanço do capitalismo científico. As pessoas estão apressadas demais para se lembrar do óbvio.






Os mamíferos são os mais complexos seres vivos do reino animal. Todos os animais precisam alimentar seus descendentes com outros seres vivos desde os primórdios do nascimento. Isso obriga os pais a buscarem alimento no meio ambiente, tarefa sempre carregada de algum risco. Os mamíferos têm uma vantagem adaptativa óbvia sobre os demais membros do reino animal: produz o alimento de sua prole. Essa vantagem deve ter sido ainda mais relevante para um grupo especialmente frágil de filhote, o filhote humano, que precisa de muito tempo para poder enfrentar as agruras ambientais. Um dos mais marcantes ingredientes desse alimento é um glicídio, a lactose. Trata-se de uma molécula que se transforma em dois açúcares de excepcional importância: a galactose e a glicose. A natureza escolheu a lactose como elemento fundamental do leite. O desenvolvimento do sistema nervoso central é alvo fundamental de um alimento especial para os primeiros meses de vida dos lactantes. A galactose é parte fundamental da formação da mielina das células do nervoso central.






Uma rara doença genética, a galactosemia, onde o metabolismo da galactose é afetado, mostra como a falta desse glicídio é perversa para o sistema nervoso central. Privar as crianças da lactose pode salvá-las de problemas tóxicos agudos, mas não evitará o surgimento de problemas neurológicos no futuro... Que infelizmente, não serão os únicos.






O leite à base de soja tem outra “virtude” do mundo new age: tem zero % de colesterol. Ao contrário do leite materno que é riquíssimo nessa substância, que pode corresponder a 50% de seu valor energético. O colesterol é fundamental para o desenvolvimento normal do sistema nervoso central. Todas as vitaminas lipossolúveis – A, D, E e K – naturalmente faltam nas fórmulas à base de soja. Não existe vitamina B12 em qualquer alimento do reino vegetal, e essa vitamina absolutamente vital também falta no leite de soja. A insensata crença de que o beta caroteno vegetal pode ser um substituto da vitamina A pode trazer danos ao fígado de recém nascidos e levar à falta dessa vitamina. Problemas oftálmicos podem acontecer. A antiga tradição de se adicionar óleo de fígado de bacalhau visava suprir essas limitações: vitaminas A e D.






ATAQUE À SEXUALIDADE






Como já vimos a soja tem vários anti-nutrientes: os inibidores da tripsina, o fator anti tireóide, os fitatos, o fator alergênico. Um quinto fator anti-nutriente é composto pelos fitos estrogênios. Como todos sabemos a soja é rica em isoflavonas. E público e notório que as isoflavonas tem atividade biológica similar aos estrogênios. Muitas pessoas crédulas absolutas nos benefícios dos alimentos de origem vegetal entendem que as isoflavonas são uma dádiva abençoada por deus presente nesses seres vivos. A maioria não se pergunta: porque as plantas têm isoflavonas? Será que isso não tem uma finalidade a favor delas, e contra seus fanáticos consumidores? Algumas pesquisas demonstraram uma péssima virtude dos fito estrogênios: inibir a capacidade reprodutiva dos seus predadores.






Ao contrário do que muita gente gostaria de acreditar os agentes estrogênicos presentes nas plantas podem ser um delicado veneno que não mata, mas inibe a reprodução e corrompe lentamente a saúde de quem o consome.






Nos anos oitenta as chitas (mamíferos felinos tipicamente carnívoros) de um zoológico de Cincinnatti, não se reproduziam. Sofriam de um dano reprodutivo induzido pela genisteína e pela daidzeina – isoflavonas presentes em altas doses na sua ração a base de soja. Havia alteração na ação do eixo hipotálamo-gonodal, e nas qualidades do endométrio no útero. Sem surpresa, as chitas alimentadas com carcaças de animais não tinham esse problema. Nada como deixar a natureza agir por si!






A ação negativa de fitoestrogênios não é uma novidade: já nos anos 40 a doença do trevo trouxe prejuízos aos criadores de ovelhas, na Austrália. O excesso de uma substância que se comportava como estrogênio: o formononetrin foi responsabilizado pelo problema.






Em 1999 um artigo britânico da Comissão de Nutrição do Reino Unido advertia que os efeitos das isoflavonas presentes nos produtos de soja já estavam claramente definidos. Incluíam alterações nas funções das glândulas sexuais, no sistema nervoso, na tireóide e nos padrões de comportamento.






Elas são amplamente absorvidas pelos lactantes e alcançam taxas sangüíneas comparáveis àquelas encontradas em estudos com animais de laboratório sobre a ação estrogênica dos vegetais.






Alguns autores entendem que a alimentação à base de soja em lactantes os expõe a ingestão de quantias similares a cinco pílulas anticoncepcionais por dia. Alcançam 13000 a 22000 vezes mais agentes estrogênicos em circulação do que crianças alimentadas com leite. Pode ser altamente prejudicial aos meninos que precisam ter eficiência nas ondas de ação de testosterona nos primeiros meses de vida. A alimentação com soja pode estar incriminada no incrível aumento de puberdade precoce entre as jovens americanas, (chega a 50% entre filhas de origem africana). Os garotos podem apresentar problemas de desenvolvimento físico e sexual. Eles também parecem ser mais sensíveis a problemas de desenvolvimento cognitivo.






DIFERENÇAS INATAS






Uma das questões que mais chama a atenção na busca histérica de se substituir o leite materno por produtos muito diferentes das necessidades dos mamíferos é um tanto quanto óbvia, mas esquecida: os leites das várias espécies de mamíferos são bastante semelhantes em seus macro e microcomponentes. Pode haver diferenças em suas concentrações, mas não em suas composições. Fabricar um novo produto, industrial, a partir de componentes de plantas, que não devem nenhuma obrigação alimentar a outros seres vivos, a não ser garantir a sobrevivência de sua própria espécie, é um enorme desafio. Além de diferenças na macrocomposição, é possível que outros microcomponentes, ainda não perfeitamente identificados possam trazer outras desordens ao funcionamento orgânico do ser humano.






Cada espécie seguiu seu próprio rumo de aptidão no ecossistema.






Infelizmente o homem tenta recriar a natureza ao sabor de interesses financeiros, antes do bem estar da humanidade. No início do século XXI, ver tanto “leite” de soja a venda nos supermercados é a prova caricatural de como o desenvolvimento tecnológico se distanciou e afasta ainda mais o homem das suas origens biológicas. E quanto mais distantes ficarmos de nossas premissas biológicas, mais desequilibrados, mais enfermos deveremos ficar.






De qualquer maneira tem aparecido muita bibliografia e muitos sites na Internet, que se contrapõem ao trator de uma visão convencional que atropela e redefine a verdade ao sabor de interesses muito singelos: aumentar o poder das empresas que fabricam, transformam e distribuem os frutos de suas commodities. As novas modas alimentares (soja – produtos dietéticos – produtos sem colesterol e baixo teor de gordura), curiosamente, sempre têm beneficiado as tradicionais corporações multinacionais. Falar contra seus interesses é sempre comparado a heresias cientificas.






Mas no caso do leite de soja e das fórmulas infantis a base de soja o mais óbvio parece não ser difícil de se acreditar: não é um produto natural e não deve ser um produto necessário para o saudável desenvolvimento de nossos filhos! Milhares de anos de evolução não devem estar errados!




José Carlos Brasil Peixoto – 190207



Referências:



DANIEL, K. The hole soy story. EEUU: New Trends Pub. 2005.



http://www.soyonlineservice.co.nz/04babyhealth.htm



http://www.babymilkaction.org/resources/briefings/tessasoya03.html



Veja alternativas alimentares para questões alimentares para recém nascidos:



http://www.soyonlineservice.co.nz/articles/alternativeformula.htm



Veja os artigos na integra:



Fórmulas Infantiles a Base de Soya. Preocupaciones para La Salud. (baixe AQUI o arquivo em formato pdf - em espanhol)- Documento Informativo de la Comisión de Alimentos, *(Food Comission) del Reino Unido. **Escrito por Sue Dibb y el Dr Mike Fitzpatrick. Abril de 1999.



CMO’s UPDATE – Janeiro 2004 - Advice issued on soya-based infant formulas

quinta-feira, 9 de junho de 2011

A Verdade Mortal sobre o ESTROGÊNIO!

Heresia Hormonal – A Verdade Mortal Sobre o Estrogênio


Parte I

A mulher recebe informações errôneas sobre hormônios, em detrimento da saúde, enquanto os fabricantes de medicamentos colhem enormes lucros à sua custa.

por Sherrill Sellman



Tradução: NovaTRH

Por mais de 300 anos, começando no século 13 e continuando até meados do século 16, a Inquisição foi um reinado de terror para a grande maioria das pessoas que viviam na Europa e na Escandinávia. As forças políticas, econômicas e religiosas da época se juntaram para consolidar seu poder, eliminando aqueles que eles considerassem empecilhos aos seus objetivos finais.

O azarado alvo de suas investidas eram os guardiões das artes da cura e dos antigos conhecimentos espirituais e culturais. Os historiadores debatem o exato tributo dessa era infernal – se foram várias centenas de milhares ou se chegou a nove milhões de pessoas – mas é inquestionável que a grande maioria das vítimas foi de mulheres. Na verdade, a Inquisição está sendo hoje considerada um período de genocídio contra as mulheres, o qual conseguiu despir a mulher do seu poder, seu auto-respeito, sua riqueza, da arte de curar, bem como da sua proeminência e influência na comunidade.

A Inquisição garantiu que os patriarcas da Igreja fossem autoridades espirituais incontestáveis. Teve também êxito em preservar os conhecimentos médicos no domínio dos homens, pois a Inquisição decretou que apenas os médicos formados poderiam praticar as artes da cura e, evidentemente, foi barrado o acesso de mulheres às escolas de medicina (aliás, foi barrado o acesso de mulheres a qualquer forma de educação).

Que bom que essa tão violenta era de aversão às mulheres tenha acabado há muito tempo. Mas será que acabou? Infelizmente, parece que algumas tradições ainda persistem. A mulher de hoje ainda é vítima de gigantescos interesses políticos e econômicos, com terríveis conseqüências para a sua saúde, independência financeira e poder pessoal. Talvez a Inquisição não tenha acabado afinal, apenas adotou uma forma mais sutil e inescrupulosa.

As mulheres certamente representam um grande negócios para os interesses médicos e para indústria farmacêutica. Segundo John Archer, autor de Bad Medicine, cerca de 600.000 histerectomias são realizadas anualmente nos Estados Unidos e ao redor de 45.000 por ano na Austrália.1 Em 1994, estimou-se que 45.000 australianas faziam Terapia de Reposição Hormonal (TRH).2 Muitas mulheres são atualmente encorajadas a continuar com a TRH até o resto de suas vidas pós-menopausa.

De acordo com o Dr. Stanley West – um reconhecido especialista em infertilidade, chefe de endocrinologia reprodutiva no St. Vincent’s Hospital de Nova Iorque e autor de O Golpe da Histerectomia – cerca de 90 por cento de todas as histerectomias são desnecessárias. Consultores ginecológicos do Grupo de Pesquisa de Saúde Pública Ralph Nader chegaram a uma conclusão semelhante em 1991, no livro Um Alerta à Saúde das Mulheres. Segundo o Dr. West, a única razão cem por cento justificada para a realização de uma histerectomia é para tratamento de câncer dos órgãos reprodutivos.3 No entanto, as histerectomias são oferecidas com muita freqüência como tratamento para uma variedade de situações, inclusive para endometriose, fibroses, cistos ovarianos, inflamações pélvicas e prolapso uterino.

Não é por acaso que os ginecologistas costumam ter a mais alta remuneração entre todas as demais especialidades. Ao longo de todas as suas vidas, as mulheres são encorajadas a se submeterem continuamente a vários tratamentos e procedimentos médicos. Funções naturais da mulher, desde menstruação até parto e menopausa, são assumidas por intervenção médica e farmacêutica. Bombardeadas por desinformação, mitos, propaganda e, em alguns casos, por pura mentira, não é de admirar que tantas mulheres fiquem completamente confusas acerca de questões relativas aos seus próprios corpos e sua saúde.



A História da Terapia de Reposição Hormonal

Talvez não haja um tópico que confunda mais a mulher que a adoção da reposição hormonal na menopausa, alvo de intensa propaganda. A TRH é enaltecida como a melhor coisa surgida para a liberação da mulher desde a descoberta dos anticoncepcionais de uso oral – apesar de as estatísticas hoje mostrarem que o uso disseminado da pílula provocou um aumento nos riscos para a saúde, como câncer da mama, pressão alta e doenças cardiovasculares, numa escala antes vista na medicina.4

A investigação sobre a teoria da reposição de hormônios remonta aos idos de 1930, com a pesquisa do Dr. Serge Voronoff. O seu trabalho envolvia a implantação de testículos de macacos em escrotos de homens, com limitada eficácia. Os desdobramentos dessa pesquisa levaram ao enxerto de ovários de macacas em mulheres, com terríveis conseqüências. Depois de muitas mortes (de macacas e de mulheres), a pesquisa foi redirecionada ao uso de estrogênio sintético. Com o advento da Segunda Guerra Mundial, a pesquisa foi suspensa.

A menopausa não virou moda como tópico de preocupação para a profissão médica antes da década de 1960. Em 1966, um ginecologista de Nova Iorque, o Dr. Robert Wilson, publicou um best-seller chamado Feminine Forever ("Feminina Para Sempre"), exaltando as virtudes da reposição do estrogênio como forma de salvar a mulher da “tragédia de menopausa, que muitas vezes destrói a personalidade e a saúde”. Esse livro vendeu mais de 100.000 exemplares no primeiro ano. Wilson promoveu vigorosamente a menopausa como uma condição de “decadência de vida”. Segundo ele, a reposição de estrogênio era como a tão procurada pílula da juventude, que iria proteger a pobre mulher contra os horrores da idade. Ele tornou popular a errônea crença de que a menopausa é uma deficiência.

As revistas femininas agarraram-se avidamente às suas idéias e promoveram amplamente os seus conceitos. Isso deixou Wilson muito feliz, pois ele já havia criado anteriormente a Fundação Wilson, com o exclusivo propósito de promover o uso de drogas estrogênicas. A indústria farmacêutica contribuiu generosamente com mais de 1,3 milhão de dólares para a sua Fundação. A cada ano ele recebia verbas de empresas como Searle, Wyeth-Ayerst Laboratories e Upjohn, que fabricavam produtos com os hormônios que Wilson alegava serem eficazes no tratamento e prevenção da menopausa. As empresas farmacêuticas aproveitaram a onda, fazendo vigorosas promoções e fortes campanhas publicitárias. A mensagem do Dr. Wilson atingiu um alvo bastante receptivo – "mulheres de meia-idade precisam de drogas com hormônios para serem salvas dos inevitáveis horrores e decrepitudes desta terrível deficiência chamada menopausa."

O Dr. Wilson foi pioneiro no uso de estrogênio não combinado. No entanto, não se tinha tido nenhuma avaliação formal da segurança da terapia com estrogênio, nem de seus efeitos a longo prazo. O estrogênio não combinado saiu de moda quando ficou obviamente evidente que ele encurtava o tempo de vida de suas usuárias. Em 1975, o New England Journal of Medicine examinou as taxas de câncer endométrico em consumidores de estrogênio, concluindo que o risco era 7,5 vezes maior nos usuários desse hormônio. As mulheres que haviam usado estrogênio por sete anos ou mais tinham 14 vezes mais chances de desenvolver câncer.5

À medida que a popularidade da terapia do estrogênio não combinado foi caindo, buscaram-se novas abordagens. O foco foi também desviado, de falsas alegações sobre preservação da beleza e juventude da mulher, para assuntos de saúde mais urgentes. A indústria farmacêutica ressuscitou a terapia de reposição do estrogênio através de uma terapia de reposição hormonal “segura” – uma combinação de progesterona sintética e estrogênio, a qual supostamente protegeria mulheres na menopausa não apenas contra doenças cardiovasculares, mas também contra a devastação da osteoporose.

Embora os chamados “especialistas em saúde da mulher” assegurem que não existem efeitos colaterais desagradáveis, ou que eles são mínimos, a Dra. Lynette J. Dumble, pesquisadora sênior do Departamento de Cirurgia da Universidade de Melbourne no Hospital Royal Melbourne, acredita que “o único propósito da TRH é criar um mercado comercial altamente lucrativo para as empresas farmacêuticas e para os médicos. Os supostos benefícios da TRH não têm qualquer comprovação”. Ela acredita que a TRH não apenas agrava os atuais problemas de saúde, mas também contribui para acelerar o processo de envelhecimento na mulher. Essa terapia apressa o surgimento de outras doenças ou piora as já existentes.

Esta perspectiva parece ter sido confirmada pelas recentes descobertas a partir de um estudo histórico, publicado no New England Journal of Medicine em 1995 e abrangendo 121.700 mulheres, que revelou efeitos alarmantes da TRH. O estudo adverte que as mulheres que usaram a TRH para compensar os sintomas da menopausa, aumentaram também suas chances de desenvolver câncer de mama, de 30 a 40 por cento, ao tomarem o hormônio durante mais de 5 anos. Em mulheres com idades entre 60 e 64 anos, o risco do câncer de mama aumentou para 70 por cento após 5 anos de TRH. Por último, o estudo concluiu que as mulheres que usavam a TRH tinham 45 por cento mais chance de morrer por câncer de mama que aquelas que preferiram não usar a TRH, ou que a usaram por menos que 6 anos.6

Segundo Leslie Kenton, autora de Passage to Power, “qualquer um que seja alguma coisa na vida lhe dirá que a menopausa é uma doença, causada por deficiência de estrogênio, e que você precisará ingerir mais estrogênio à medida que se aproximar da meia-idade. O que poderá surpreender você é o seguinte – não apenas está errada a maior parte desse aconselhamento comumente dados sobre a menopausa, mas também uma boa parte dele pode ser positivamente perigosa.”

Felizmente, há um outro lado da história do hormônio – uma perspectiva que pode ajudar mulheres de todas as idades a não apenas a alcançar uma saúde melhor, mas também a recuperar um sentimento de mais poder, responsabilidade e dignidade em suas vidas.



Um Breve Passeio Ginecológico pelo Corpo da Mulher

Para entender o debate sobre TRH, é importante primeiro ter um conhecimento rudimentar da natureza cíclica da mulher.

Até recentemente, os médicos pensavam que a menopausa começava quando todos os óvulos do ovário se tivessem esgotados. Porém, trabalhos recentes demonstraram que a menopausa provavelmente não é desencadeada pelo ovário, mas sim pelo cérebro. Parece que tanto a puberdade quanto a menopausa são eventos acionados pelo cérebro.

A menstruação depende de uma complexa rede de comunicação hormonal entre os ovários, o hipotálamo, e a glândula pituitária (hipófise) no cérebro. O hipotálamo segrega um hormônio que libera gonadotrofina (GnRH), que desencadeia a produção do hormônio estimulador dos folículos (FSH) pela hipófise. O FSH então estimula o crescimento dos folículos do óvulo (pequeno saco ou glândula excretora) nos ovários, para provocar a ovulação. À medida que os folículos crescem, o estrogênio é produzido e lançado no sangue.

Esta reação em cadeia não é uma via de mão única. O estradiol, um dos estrógenos ovarianos na corrente sangüínea, também age sobre o hipotálamo, causando uma alteração no GnRH. A seguir, esse hormônio modificado estimula a pituitária a produzir o hormônio luteinizante (LH), o qual provoca a eclosão dos folículos e a liberação do óvulo. Após o óvulo ser expelido, também a progesterona é produzida pelos folículos, os quais se transformam em corpus luteum.

Os hormônios liberados durante o ciclo menstrual não são segregados de forma constante, contínua, mas sim em quantidades dramaticamente diferentes durante as diferentes partes do ciclo de 28 dias.

Nos primeiros oito a onze dias do ciclo menstrual, o ovário da mulher produz muito estrogênio. O estrogênio prepara os folículos para a liberação de um dos óvulos. O estrogênio é responsável pela proliferação de mudanças que ocorrem durante a puberdade: o crescimento dos seios, o desenvolvimento do sistema reprodutivo e a forma feminina do corpo da mulher.

A taxa de secreção de estrogênio começa a diminuir ao redor do 13º dia, um dia antes de ocorrer a ovulação. À medida que o estrogênio diminui, a progesterona começa a aumentar, estimulando um crescimento muito rápido do folículo. Com o início da secreção da progesterona, ocorre também a ovulação. Depois que o óvulo é liberado do folículo, este começa a mudar, aumentando de tamanho e tornando-se um órgão diferente, conhecido como corpus luteum. A progesterona é segregada pelo corpus luteum, este minúsculo órgão com uma enorme capacidade para produzir hormônio. A onda de progesterona no período da ovulação é a fonte da libido – e não o estrogênio, como normalmente se pensa.

Após 10 ou 12 dias, se não ocorrer fertilização, a produção ovariana de progesterona cai drasticamente. É este declínio súbito nos níveis de progesterona que desencadeia a secreção endométrica (menstruação), o que leva a uma renovação de todo o ciclo menstrual.

A progesterona e o estrogênio originados nos ovários estimulam o crescimento do endométrio (tecido que reveste o útero), como preparação para a fertilização. O estrogênio age no crescimento desse tecido endométrico, enquanto a progesterona facilita a secreção nesse revestimento do útero, a fim de que o óvulo fertilizado (agora chamado de ovo) possa ser implantado com sucesso. A progesterona em quantidade adequada é, portanto, o hormônio mais essencial para sobrevivência do óvulo fertilizado e do feto.

Ao redor dos 40 anos de idade, a interação entre os hormônios se altera, o que leva, com o passar do tempo, à menopausa. Como isso ocorre, ainda não está bem claro. A menopausa pode ter início por alterações no hipotálamo e na hipófise, e não nos ovários. Os cientistas têm realizado experiências em que são substituídos os ovários de camundongos jovens por ovários de camundongos mais velhos e que já não conseguem reproduzir. Foi constatado que os camundongos jovens conseguem se acasalar e ter filhotes. Isso demonstra que ovários velhos colocados num ambiente jovem conseguem responder. Por outro lado, quando ovários jovens são colocados em camundongos velhos, estes não conseguem se reproduzir.7

Seja qual for o mecanismo que desencadeia a menopausa, à medida que menos folículos são estimulados, diminui a quantidade de progesterona e de estrogênio produzidos pelos ovários, embora outros hormônios continuem a ser produzidos. De forma alguma os ovários murcham e param de funcionar, como popularmente se acredita. Com a redução desses hormônios, a menstruação torna-se escassa, irregular e acaba um dia cessando por completo.

No entanto, outras partes do corpo – como glândulas supra-renais, pele, músculos, cérebro, glândula pineal, folículos do cabelo e a gordura do corpo têm condições de produzir esses mesmos hormônios, possibilitando ao corpo feminino fazer ajustes no equilíbrio hormonal após a menopausa, desde que a mulher tenha cuidado bem de si mesma nos anos do período pré-menopausa, com um estilo de vida e dieta adequados, além da devida atenção para com a saúde mental e emocional.

A mulher que passa pela menopausa tem a oportunidade de entrar nessa fase da vida fortalecida pela sabedoria e pela criatividade, como nunca antes. Ela ganha acesso ao conhecimento interior profundo. A renomada socióloga Margaret Mead disse: “Não há nada mais poderoso que uma mulher na menopausa e com entusiasmo!” Em muitas culturas ao redor do mundo a menopausa é uma transição e uma iniciação à realização do poder da mulher, totalmente sem sintomas. Ela é tida no mais alto conceito em sua comunidade, como uma idosa sábia e respeitada.



O Mito do Estrogênio e da Progesterona Sintética

A pesquisa inicial que levou à síntese do estrogênio tornou possível o desenvolvimento da pílula anticoncepcional nos anos 60. Com o consentimento da Food and Drug Administration - FDA (órgão do governo norte-americano que controla medicamentos, alimentos, etc), a pílula foi amplamente comercializada como um método eficaz e convenientes de controle da natalidade. Finalmente chegava a verdadeira liberação sexual para as mulheres.

Porém, toda a base para a aprovação da FDA era apenas o resultado de estudos clínicos realizados em 132 mulheres de Porto Rico, que haviam tomado a pílula durante um ano ou mais.8 (Não importa o fato de cinco delas terem morrido no decorrer do estudo, sem qualquer investigação quanto à causa de suas mortes).

Em meados de 1970, o número de mortes de mulheres por ataques cardíacos começou a atrair a atenção do público. Então uma nova pílula foi criada, supostamente mais segura, com menor conteúdo de estrogênio. Mas na verdade nunca houve uma prova científica válida de que a pílula é segura – e nem mesmo, aliás, que qualquer um dos outros métodos anticoncepcionais atualmente disponível seja seguro. Somente agora as mulheres estão descobrindo o preço que vêm pagando por sua liberdade sexual – ao alterar seu equilíbrio hormonal, muitas e devastadoras disfunções emocionais e fisiológicas foram criadas.

Há décadas foi introduzida a anticoncepção via oral e hoje cerca de 60 milhões de mulheres em todo o mundo estão, na verdade, “fazendo experiência” com a pílula. A sua segurança e efeitos a longo prazo não foram ainda estabelecidos de forma conclusiva. É interessante notar, porém, que a pílula tem produzido uma grande variedade de efeitos adversos e efeitos colaterais, e apresenta uma ligação significativa com o câncer de mama, pressão alta e, especialmente, com doenças cardiovasculares – a principal causa de mortes femininas na Austrália: em 1992, um total de 27.883 mulheres morreram de doenças cardíacas e derrames, contra 2.438 mortes por câncer de mama.9 Trata-se de mera coincidência, ou talvez essa estatística indique o perigoso efeito colateral de se mexer com os hormônios?

Ao mesmo tempo em que é proclamado como o principal ingrediente que falta na mulher com menopausa, o estrogênio é altamente recomendado pelas indústrias médicas e farmacêuticas para prevenção de doenças cardiovasculares e da osteoporose. Em praticamente qualquer consultório médico em que entrem hoje em dia, as mulheres serão advertidas sobre os riscos inerentes à menopausa e pós-menopausa, se não tiverem a proteção do estrogênio. Elas são também relembradas, mais uma vez, que a menopausa é uma deficiência, o que supostamente significa uma carência de estrogênio e que, portanto, devem tomar doses suplementares para manter a saúde.

Como pondera a Dra. Lynette Dumble, "De um modo geral, a prevenção cardiovascular em mulheres tem se concentrado esmagadoramente na reposição hormonal. No entanto, como enfatiza Elizabeth Barrett-Connor, a Grande Experiência (o Projeto da Droga Coronária de 1973), que incluía dois regimes de estrogênio, foi feita em homens. Como parte do projeto da Grande Experiência, doses de estrogênio exageradamente excessivas aos níveis fisiológicos foram deliberadamente ministradas a homens, com o intuito de induzir ginecomastia (desenvolvimento excessivo da glândula mamária no homem), como um indicador de êxito na efeminação. Isso resultou em tromboses e impotência, e finalmente levou ao fracasso a pesquisa, devido à interrupção do tratamento entre os participantes do estudo." 10

Segundo o médico, pesquisador independente e autor de livros, Dr. John Lee, o estudo mais eminente (conhecido como Boston Health Study, realizado numa amostragem ampla de enfermeiras) e que formou toda a base da ligação positiva estrogênio-cardiovascular, foi radicalmente viciada.

Apesar de haver amplas provas de numerosos outros estudos mostrando que, na verdade, o oposto é verdadeiro (isto é, o estrogênio é um fator significativo na criação de doenças cardíacas), esses fatos foram virtualmente ignorados diante do furor pelo lucro. O Dr. Lee diz ainda que a publicidade farmacêutica omitiu o fato de que a incidência de mortes por derrame nesse estudo foi de 50 por cento mais alta entre as usuárias de estrogênio.

O Dr. Lee compilou uma lista de efeitos colaterais e de danos fisiológicos resultantes do uso de estrogênio, e que incluem: maior risco de câncer endométrico, incremento na gordura corporal, retenção de sal e de fluidos, depressão e dores de cabeça, prejuízos no controle de açúcar no sangue (hipoglicemia), perda de zinco e retenção de cobre, redução nos níveis de oxigênio em todas as células, espessamento da bílis e promoção de doenças da vesícula biliar, aumento da possibilidade de fibrocistos no seio e de fibrose uterina., interferência na atividade da tireóide, diminuição do desejo sexual, coagulação sangüínea excessiva, redução do tônus vascular, endometriose, cólica uterina, infertilidade, e restrição à função dos osteoclastos.

Com tantos efeitos colaterais e complicações perigosas, a mulher deve avaliar com muito cuidado a decisão sobre a terapia de reposição hormonal. Infelizmente, a maioria dos médicos dirá que não há alternativa. Embora certamente a maior parte dos médicos seja bem intencionada e esteja honestamente preocupada com suas pacientes, a principal fonte de conhecimento e informação sobre os medicamentos são as próprias companhias farmacêuticas. Como a maioria das mulheres também é carente de educação e compreensão acerca de suas opções, a menopausa pode ser vista como um período bastante assustador e perigoso.



Entra em Cena a Progesterona Natural

Durante os último 15 anos, o Dr. Lee tem realizado pesquisas independentes sobre formas de progesterona derivadas de plantas, naturais. Suas pesquisas, sem verbas da indústria farmacêutica, apresenta um entendimento bem mais amplo sobre as opções hormonais da mulher, oferecendo uma alternativa totalmente segura e eficaz, livre de efeitos colaterais. Ele descobriu que esse hormônio natural (conjugado a uma boa dieta e mudanças no estilo de vida) é capaz de eliminar muitos dos sofrimentos associados à síndrome da tensão pré-menstrual (TPM) e à menopausa. Milhares de mulheres no mundo ocidental já usam progesterona natural – geralmente na forma de um creme (que dispensa receita médica) que é aplicado no corpo. Essas mulheres alegam que elas não apenas sentem alívio nos sintomas típicos da mulher, mas também experimentam uma maior vitalidade, a pele fica melhor, e o equilíbrio emocional se renova.

A progesterona natural parece ter sido totalmente negligenciada pela ciência médica, que tem se concentrado, erroneamente, no estrogênio. Considerando que a progesterona natural não é patenteável e ainda é barata, não surpreende que isso tenha acontecido. É importante, porém, ter-se um entendimento e uma avaliação bem mais amplos a respeito deste extraordinário hormônio.

Como foi anteriormente mencionado, a progesterona é responsável por manter a secreção do endométrio, que é necessária para a sobrevivência do embrião, bem como pelo desenvolvimento do feto ao longo da gestação. É pouco percebido, no entanto, que a progesterona é a mãe de todos os hormônios. A progesterona é importante precursora na biossíntese dos corticosteróides supra-renais (hormônios que protegem contra o stress) e de todos os hormônios sexuais (testosterona e estrogênio). Isso significa que a progesterona tem a faculdade de ser transformada em outros hormônios ao longo do caminho, à medida que e quando o organismo precisar deles. É preciso que seja enfatizado que o estrogênio e a testosterona são produtos metabólicos finais feitos da progesterona. Não havendo uma quantidade adequada de progesterona, o estrogênio e a testosterona não estarão suficientemente disponíveis no organismo. Além de ser a precursora dos hormônios sexuais, a progesterona também facilita muitas outras funções fisiológicas importantes e intrínsecas (que serão discutidas mais adiante).



Os Efeitos da Predominância Estrogênica

Os problemas femininos parecem estar em alta. Quarenta a sessenta por cento de toda as mulheres ocidentais sofrem de TPM. Além disso, elas sofrem de superabundância de sintomas, alguns da menopausa e outros não. Certamente algo muito alarmante parece estar acontecendo com as mulheres. Há indícios de que o equilíbrio hormonal adequado e necessário para que o organismo da mulher funcione de forma saudável está sendo interferido por diversos fatores. As pesquisas têm revelado que um grande número de mulheres nos seus 30 anos (e algumas até mais jovens), bem antes de ter início a menopausa, às vezes deixa de ovular no devido período.11 Sem ovulação, não há corpus luteum e nenhuma progesterona é produzida. O resultado é uma deficiência de progesterona.

Muitos problemas podem resultar dessa deficiência. Um deles é a presença, durante todo um mês, de estrogênio não combinado, com todo o seu elenco de efeitos colaterais, como já foi mencionado. Um outro é o geralmente não reconhecido problema do papel da progesterona na osteoporose. A medicina contemporânea ainda não tomou conhecimento de que a progesterona estimula a formação de novos ossos pela mediação de osteoblastos. Na verdade, é a progesterona que estimula novos tecidos ósseos e é capaz de reverter a osteoporose em qualquer idade. A falta de progesterona significa que novos osteoblastos não são criados e a osteoporose pode surgir.12

Um terceiro e importante problema resulta do inter-relacionamento entre perda de progesterona e stress. O stress combinado com uma dieta ruim pode induzir ciclos sem ovulação. A conseqüente falta de progesterona interfere na produção de hormônios que combatem o stress, exacerbando as condições estressantes que dão origem a novos ciclos sem ovulação. E assim prossegue o círculo vicioso.

Outro fator também importante que contribui para este desequilíbrio entre estrogênio e progesterona é o meio ambiente. Nós vivemos, no mundo industrializado, imersos num crescente mar de derivados petroquímicos. Eles estão no ar, nos alimentos e na água. Esses produtos químicos incluem pesticidas e herbicidas (como o DDT, dieldrin, heptacloro, etc), bem como vários plásticos (policarbonatos, usados em mamadeiras e garrafões para água) e PCBs.

Esses imitadores do estrogênio são altamente solúveis em gordura, não são biodegradáveis nem bem expelidos, acumulando-se nos tecidos gordurosos de animais e humanos. Esses produtos químicos possuem uma incrível capacidade de imitar o estrogênio natural, e receberam o nome de xeno-estrógenos, já que, apesar de serem produtos químicos "estrangeiros", são absorvidos pelo receptores de estrogênio no organismo, interferindo seriamente nas alterações bioquímicas naturais. (Ver "Nota do Tradutor" no final).

Crescentes pesquisas estão agora revelando uma alarmante situação em nível mundial, criada pela inundação desses imitadores de hormônios. No livro Our Stolen Future ("O Futuro Roubado", pela Dra. Theo Colburn e outros, L&PM Editores, tradução de Cláudia Buchweitz e revisão de Luiz Jacques Saldanha, disponível no Brasil desde 1997), foram identificados 51 imitadores de hormônios, cada um deles capaz de desencadear uma torrente de efeitos, como redução na produção de espermatozóides, divisão celular e modelação de cérebros em desenvolvimento. Esses imitadores não somente estão ligados à recente descoberta de que a contagem do esperma humano despencou 50 por cento em todo o mundo, entre 1938 e 1990, mas também a deformações genitais, câncer da mama, da próstata e testicular, além de desordens neurológicas.13

O Dr. Lee descobriu um tema constante entre as queixas das mulheres sobre os aflitivos e muitas vezes debilitantes sintomas da TPM, da perimenopausa e da menopausa – excesso de estrogênio, ou, como ele denominou, uma "predominância estrogênica."

Agora, em vez de o estrogênio desempenhar seu papel essencial dentro da bem equilibrada sinfonia dos hormônios esteróides no organismo feminino, ele passou a ofuscar os demais "músicos", criando uma dissonância bioquímica. A última coisa no mundo que o corpo da mulher precisa é mais estrogênio – seja na forma de anticoncepcionais ou de terapia de reposição hormonal (TRH). Mas, quando os sintomas da predominância estrogênica aparecem, adivinhe o que é prescrito? Mais estrogênio! O delicado equilíbrio natural entre progesterona e estrogênio fica radicalmente alterado pelo excesso de estrogênio. E a deficiência de progesterona é então ainda mais exacerbada.

O Dr. Lee conseguiu compensar o efeito predominância-estrogênica através do uso de um creme transdérmico com progesterona natural. A progesterona natural, um derivado do colesterol, é feita a partir do inhame silvestre mexicano ou da soja, cujos ingredientes ativos são réplicas moleculares exatas da progesterona do organismo humano. É interessante notar que em países da Ásia e da América do Sul, onde as mulheres ingerem soja ou inhame, o termo "fogacho" nem mesmo existe em suas línguas. Elas também raramente sofrem dos inúmeros problemas femininos que atualmente afligem as ocidentais.

A suplementação com progesterona natural corrige o real problema – a sua deficiência. Não se conhece nenhum efeito colateral da progesterona natural, nem foi encontrado até hoje qualquer nível tóxico. A progesterona natural aumenta a libido, previne o câncer do útero, protege contra doenças fibrocísticas do seio, ajuda a proteger contra o câncer da mama, mantém o revestimento uterino, hidrata e oxigena a pele, reverte o hirsutismo (crescimento de pelos faciais) e a diminuição de cabelo, age como um diurético natural, ajuda a eliminar a depressão e aumenta o sentimento de bem-estar, promove a queima de gorduras e a utilização da energia armazenada, normaliza a coagulação do sangue, e ainda é precursora de outros importantes hormônios sexuais e anti-stress.

Até mesmo os mais predominantes sintomas da menopausa – fogachos e secura vaginal – desaparecem rapidamente com a aplicações de progesterona natural.

Há ainda outro benefício muito importante da progesterona natural e que merece um pouco mais de atenção. Embora a maioria das pessoas suponha que o estrogênio protege contra a osteoporose – uma das principais razões pelas quais as mulheres são estimuladas a usar a terapia de reposição hormonal – este, definitivamente, não é o caso.

Os antigos estudos nos quais a hipótese da proteção do estrogênio foi baseada, tiveram graves defeitos científicos. A pesquisadora canadense Jerilyn Prior, endocrinologista-chefe da British Columbia University em Vancouver, com outros colegas, reportando no New England Journal of Medicine, confirmou que o papel do estrogênio na osteoporose é mínimo. Em seus estudos sobre atletas femininas, esses pesquisadores descobriram que a osteoporose ocorre à proporção que as atletas se tornam deficientes de progesterona, embora seus níveis de estrogênio pareçam se manterem normais. A Dra. Prior continuou sua pesquisa com mulheres não atletas, que mostraram os mesmo resultados. Apesar de ambos os grupos estarem menstruando, elas apresentavam ciclos sem ovulação e, portanto, eram deficientes em progesterona.

A Dra. Prior então descobriu que a ausência de ovulação e um ciclo curto hoje ocorre em 50 por cento dos ciclos menstruais das norte-americanas, durante o final dos anos reprodutivos.14 Infelizmente, essas importantes descobertas passaram relativamente despercebidas na comunidade médica.

Como resultado de suas extensivas provas científicas publicadas nessa área, Prior confirmou que não é o estrogênio, mas sim a progesterona que é o hormônio nutridor dos ossos, ou seja, o formador de ossos. Ela conseguiu até mesmo identificar receptores de progesterona nos osteoblastos (células formadoras de tecido ósseo). Ninguém jamais encontrou receptores de estrogênio nos osteoblastos. Em resumo, é na mulher com deficiência de progesterona que ocorre perda óssea.15

Estes resultados foram obtidos num estudo de 3 anos em 63 mulheres com osteoporose e em fase pós-menopausa. Mulheres que usaram creme transdérmico com progesterona tiveram uma média de 7 a 8 por cento de incremento na densidade da massa óssea no primeiro ano, 4 a 5 por cento no segundo ano, e 3 a 4 por cento no terceiro ano! Mulheres que não recebem o tratamento nessa faixa etária normalmente perdem 1,5 por cento de densidade da massa óssea por ano! Esses resultados não foram obtidos com nenhuma outra forma de terapia de reposição hormonal ou suplementação dietética.16

O Dr. Lee acredita que o uso de progesterona natural, em conjunto com alterações na dieta e estilo de vida, pode não somente interromper a osteoporose, mas na verdade revertê-la – mesmo em mulheres com 70 ou mais anos.

Neste ponto é importante fazer uma distinção entre progesterona natural, produzida pelo organismo, e os sintéticos da progesterona – classificados como progestinas (ou progestogênios), como Provera, Duphaston e Primolut. Como você verá, há uma grande diferença entre as duas quanto aos seus efeitos no organismo, embora a maioria dos médicos use esses nomes de forma intercambiável.

Como a progesterona natural não é patenteável, as empresas farmacêuticas a modificaram molecularmente para produzir progestinas sintéticas, normalmente usadas em anticoncepcionais e na terapia de reposição hormonal.

As progestinas sintéticas, por não serem réplicas exatas da progesterona natural do organismo humano, infelizmente criam uma longa lista de efeitos colaterais, alguns dos quais bastante severos. Uma listagem parcial desses efeitos inclui dores de cabeça, depressão, retenção de fluidos, maiores riscos de defeitos no parto e abortos, disfunções renais, flacidez nos seios, sangramento irregular, acne, crescimento de pelos, insônia, edemas, alterações no peso, embolismo pulmonar, e síndrome do tipo pré-menstrual.17

E, muito importante, as progestinas carecem dos benefícios biológicos intrínsecos da progesterona e portanto não podem funcionar nos principais desdobramentos de síntese biológica, como o faz a progesterona, e desorganizam muitos processos fundamentais do organismo. A progesterona é um hormônio essencial que também desempenha um papel no desenvolvimento de células nervosas e cérebro saudáveis, bem como no funcionamento da tireóide. As progestinas tendem a bloquear a capacidade do organismo de produzir e utilizar a progesterona natural para manter essas funções promotoras da vida.

A história do hormônio é certamente complicada. Até agora, apenas uma versão dessa história tem estado ao alcance da maioria das mulheres ocidentais. Sérias dúvidas têm sido levantadas quanto à eficácia e conveniência do estrogênio e das progestinas, em qualquer de suas formas. As mulheres certamente estão sofrendo uma variedade de doenças femininas.

O que complica a história do hormônio é que o tratamento prescrito para essas doenças está na realidade tornando pior o problema. Sem compreenderem os efeitos colaterais de amplas conseqüências da predominância estrogênica e das progestinas, os médicos estão diagnosticando mal a causa dessas condições agravadas. Muitas vezes, outras drogas são então receitadas, com efeitos colaterais desastrosos, à medida que cresce a espiral de medicação desnecessária. Qual é o derradeiro sacrifício? Não apenas a deterioração da saúde e do bem-estar emocional da mulher, mas também sua situação financeira, seu relacionamento, sua carreira.

Sem conhecimento adequado, sem educação e sem ter acesso a produtos naturais, as mulheres têm se tornado presas fáceis das poderosas campanhas publicitárias dos fabricantes multinacionais de medicamentos, que já convenceram médicos e órgãos governamentais de suas alegações. Está se tornando mais evidente que o bem das mulheres nem sempre está sendo levado em consideração nessa abordagem tendenciosa. Tampouco é incomum o lucro ter precedência sobre a saúde e o bem-estar. A última coisa que uma mulher precisa é ter as funções naturais do seu organismo denegridas como deficiências ou doenças – necessitando, portanto, de atenção médica contínua.

Está mais que na hora de a mulher assumir responsabilidades ainda maiores sobre a sua saúde, suas opções e seu estilo de vida. A maior de todas as armas contra a submissão e a ignorância é o conhecimento.

Está na hora de fazer perguntas difíceis aos que tratam da sua saúde, exigir respostas, e estar disposta a investigar alternativas seguras. Está ficando evidente que a mulher precisa participar no esclarecimento do seu médico sobre outras opções existentes, bem como escolher aquelas que ela preferir.

Certamente a mulher tem dentro de si mesma o poder não apenas para encontrar meios seguros, eficazes e naturais para curar-se, mas também para viver uma vida longa e plena, preservando a sua vitalidade, juventude e saúde. A mulher tem o direito de valorizar a si mesma e o seu corpo, em todos os estágios da vida. À medida que encontre o caminho para voltar a ter um maior equilíbrio dentro de si mesma, ela entenderá a profundidade da verdade do que o Dr. Deepak Chopra disse a respeito das mulheres: "A sabedoria feminina é a inteligência no coração da criação."

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Alguns Efeitos da Predominância Estrogênica

1. Quando o estrogênio não é compensado pela progesterona, ele pode causar aumento de peso, dores de cabeça, mau humor, fadiga crônica e perda de interesse pelo sexo – tudo isso parte da clinicamente reconhecida Síndrome Pré-Menstrual.

2. Não apenas está bem demonstrado que a predominância estrogênica estimula o desenvolvimento de câncer da mama, graças às ações proliferativas do estrogênio – ele também estimula os tecidos do seio e pode, com o passar do tempo, desencadear fibrocistos na mama, um quadro que tende a desaparecer quando se introduz a progesterona natural para compensar o estrogênio.

3. Por definição, o excesso de estrogênio implica deficiência de progesterona. Isso, por sua vez, leva a uma redução na taxa de formação de novos ossos na mulher pelos osteoblastos – as células responsáveis pela realização desse trabalho. Embora a maioria dos médicos ainda não esteja a par disso, essa é a principal causa da osteoporose.

4. A predominância estrogênica aumenta os riscos de fibromas. Um dos fatos interessantes sobre os fibromas (e freqüentemente comentado pelos médicos) é que, independentemente do tamanho, os fibromas normalmente atrofiam quando chega a menopausa e os ovários deixam de produzir estrogênio. Os médicos que comumente usam progesterona em suas pacientes descobriram que ministrar progesterona natural também causa atrofia de fibromas.

5. Em mulheres sob predominância estrogênica e que menstruam, onde não ocorrem os picos e quedas de progesterona de uma forma normal a cada mês, a irrigação ordenada do revestimento uterino não ocorre. A menstruação torna-se irregular. Essa situação pode normalmente ser corrigida alterando-se o estilo de vida e usando um produto com progesterona natural. Isso é facilmente diagnosticável por um médico que analise o nível de progesterona em certas épocas do mês.

6. O câncer endométrico (câncer do útero) se desenvolve apenas quando há predominância estrogênica, ou estrogênio não combinado. Também isso pode ser prevenido pelo uso de progesterona natural.

A utilização de progestina sintética pode também ajudar na prevenção, razão pela qual um crescente número de médicos não mais prescreve estrogênio sem combiná-lo com uma droga progestogênica durante a terapia de reposição hormonal. No entanto, todas as progestinas sintéticas possuem efeitos colaterais.

7. Acúmulo de água nas células e aumento no sódio intercelular, o que predispõe a mulher a ter pressão alta (ou hipertensão), ocorre freqüentemente na predominância estrogênica. Esses também podem ser efeitos colaterais causados pela ingestão de progesterona sintética (progestinas). O creme com progesterona natural normalmente resolve isso.

8. Os riscos de derrames e ataques cardíacos são aumentados dramaticamente quando uma mulher está sob predominância estrogênica.

(Fonte: Leslie Kanton, Passage to Power, Random House, Reino Unido - 1995)

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Benefícios da Progesterona Natural Contra o Envelhecimento

1. A progesterona é o primeiro precursor na biossíntese de corticosteróides supra-renais. Sem uma quantidade adequada de progesterona, a síntese de cortisonas fica prejudicada e o organismo então volta-se para caminhos alternativos, que produzem efeitos colaterais masculinizantes, como longos pelos faciais e diminuição de cabelo. Mais produção prejudicada de corticóides resulta numa diminuição na capacidade de controlar o stress, como o de cirurgias, de traumas, ou emocional.


2. Muitas mulheres em perimenopausa ou pós-menopausa e com quadros clínicos de hipotireoidismo (como fadiga, falta de energia, intolerância ao frio) estão na realidade sofrendo de predominância estrogênica não reconhecida, e serão beneficiadas pela suplementação de progesterona natural.


3. O estrogênio (e a maioria das progestinas sintéticas) aumenta o sódio e o acúmulo de água intracelular. O efeito disso é a hipertensão. A progesterona natural é um diurético natural e evita o acúmulo de sódio e água nas células, evitando assim a hipertensão.


4. Enquanto o estrogênio prejudica o controle homeostático dos níveis de glicose, a progesterona natural os estabiliza. Portanto, a progesterona natural pode ser benéfica tanto para os portadores de diabetes quanto para os portadores de hipoglicemia reativa. O estrogênio deve ser contra-indicado em pacientes com diabetes.


5. O afinamento e o enrugamento da pele são um sinal da falta de hidratação. Isso é comum em mulheres na perimenopausa e na menopausa, sendo um indicativo certo de diminuição de hormônios. A progesterona natural transdérmica é um hidratante da pele.


6. A progesterona desempenha importante papel ao manter saudáveis as células do cérebro. Doenças como a senilidade prematura (Mal de Alzheimer) podem ser, pelo menos em parte, outro exemplo de enfermidade decorrente da deficiência de progesterona.


7. A progesterona é essencial para um desenvolvimento saudável da bainha de mielina, que protege a célula nervosa. Um baixo nível de progesterona leva a dores recorrentes.


8. A progesterona cria e promove um acentuado senso de bem-estar emocional e de auto-suficiência psicológica.


9. A progesterona é responsável pelo aumento na libido.

(Fonte: Dr. John R. Lee, Retardando o Processo de Envelhecimento com Progesterona Natural - BLL Publishing, CA, EUA, 1994, p. 14)

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Nota do Tradutor: A edição de 27-10-99 do jornal O Estado de S. Paulo publicou a nota "Componente químico pode ser responsável por puberdade precoce – causa poderia ser substância encontrada em produtos plásticos, como mamadeiras", reproduzindo matéria do jornal Kansas City Star, que cita artigo publicado na revista Nature. O assunto refere-se a pesquisas realizadas por cientistas das Universidades de Missouri e da Carolina do Norte, demonstrando a ação dos chamados xeno-estrógenos (ou xeno-bióticos) – imitadores de hormônios – sobre a mulher.

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Referências bibliográficas

1. Archer, John, Bad Medicine, Simon & Schuster, Australia, 1995, p. 191.

2. Op. cit., p. 217.

3. Op. cit., p. 192.

4. Op. cit., p. 211.

5. Coney, Sandra, The Menopause Industry, Spinifex Press Pty Ltd, Australia, 1991.

6. The Sydney Morning Herald, 24 June 1995.

7. Coney, Sandra, op. cit., p. 584.

8. Archer, John, op. cit., p. 210.

9. Archer, John, op. cit., p. 211.

10. (a) Dumble, Lynette J., Ph.D., M.Sc., "Odds Against Women with Heart Disease",

presented at Health Sharing Women's Forum, Royal College of Surgeons,

Melbourne, Australia, 14 September 1995.

(b) Barrett-Connor, Elizabeth, "Heart Disease in Women", Fertility and Sterility

(1994), 62(2):127S-132S.

11. Lee, John R., M.D., Natural Progesterone: The Multiple Role of a Remarkable

Hormone, BLL Publishing, California, USA, 1993, p. 29.

12. Ibid.

13. Newsweek, 18 March 1996.

14. Kenton, Leslie, Passage to Power, Random House, UK, 1995, pp. 19-20.

15. Ibid.

16. Lee, John R., M.D., "Osteoporosis Reversal: The Role of Progesterone",

International Clinical Nutrition Review (1990), 10:384-391.

17. Lee, John R., M.D., Slowing the Aging Process with Natural Progesterone, BLL

Publishing, California, USA, 1994, p. 12.

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Extraído da Nexus Magazine, Volume 3 - nº 4 (junho/julho de 1996).

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